sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A lembrança na outra margem .


As rosas se despedaçando. Mais um temporal neste novo verão. As gotas de chuva deslizando dentre curvas no vidro da janela. O trovão que embaralha meus sentidos e me deixando apavorada; me trazendo as vozes daquele telefonema..... alguma terça do ano passado.
Quando me disse que caçoaria do meu pijama mas que me traria pra mais perto de você, me envolvendo em seus braços em tamanha velocidade. Quando me deixou sem graça e disse coisas que com certeza me faria ficar vermelha. No dia em que me envolvi no edredom, debruçada no leve balanço da rede; pensando em como você estaria. - Você é um estranho que eu conheço bem, e não tanto. - Portanto acabei de pensar.
E então, acabei de me tocar que alguém pisou em minhas nuvens e naquele altar particular que você construiu pra mim. Quando as paredes do nosso castelo estão sendo destruídas por tratores maquiavélicos - automáticos. Quando meu semblante despencou e a razão me tocou.

Eu nunca ouvi as palavras que foram ditas,
com as noites de rumor, com o encontro.
Eu nunca achei que os sussurros fossem verdadeiros até agora...

(...)


Eu fui muito longe pra voltar.

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