quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Dores que impulsionam

              

              Nessa quinta-feira da vida, você não consegue imaginar onde meus pensamentos estão alcançando...eles desenharam nuvens de tristeza, e delas, choveram lágrimas, que desceram a cada cena melosa do seriado que me dediquei assistir.
Pois comecei a mensurar meus feitos e não feitos, minha infelicidade, meu buraco molhado (que eu mesma cavei). Sei que esse dia triste não é como qualquer outro, em que você chora, se vê desenhado no fracasso, na fraqueza, na dor, e depois passa. É aquele tipo de dia, que de alguma forma estranha, te impulsiona a fazer algo melhor.

              Uma semana após escrever sobre cartas na mesa, tenho muita dúvida do que descrevi. Parece que as coisas mudaram, e você provocou isso. Permiti que inundasse de coisas ruins cada centímetro bom que estava ocupado em mim. Os meus planos maiores não foram para frente, de tão mal que me sinto, de tão sozinha e vazia.
Pra dor me abraçar, só encontrei livros, bons programas de tv e dedos para digitar sobre o meu comportamento lamentável. 

              Tanta vida lá fora, e eu já morta aqui dentro. 
Eu não quero conversar com ninguém, sabe como é?
Nem ficar reclamando constantemente por falta de atenção, eu estou cansada dessa luta espinhosa e sangrenta. Estou naqueles momentos de levantar bandeira branca, sem ter força necessária nos bracinhos branquelos. Não me sinto abraçada, afagada por ninguém, e como disse, acho que não quero isso. Pois chegou a um ponto que a autora da minha história, tão logo EU, preciso decidir o que fazer e a vida que quero levar. 
Essa dificuldade me machuca de forma tão grande e intensa que eu só sei rezar pelo fim de semana chegar. Eu rezo e agradeço quando vou dormir, são oito horas sem pensar tortuosamente na tristeza, nos momentos de depressão...

Quem poderia me resgatar, resolveu me deixar pra lá, então, aproveitem o fim do dia.

Um comentário:

  1. "Tanta vida lá fora, e eu já morta aqui dentro." Não se permita morrer. Viver é uma dádiva e vale a pena quando é feliz. Há algum tempo tenho notado um pouco de tristeza nesse eu-lírico. Fala pra ele que essa é sua prioridade e que já deve ter chegado a hora de se libertar do que te faz morrer aos poucos. E, modestamente opinando, fala pra esse mesmo eu-lírico repetir o que ele já sabe: decidir o que quer, orientar-se e ser autor da história que escreve.
    Um beijo, carinhosamente.

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