domingo, 15 de junho de 2014

Como anda a vida



É claro que a gente gosta de escrever, de cuidar da vida com palavras, de voar no desenrolar de cada frase. E de forma tão enigmática o que sentimos passa a ser desenhado no branco do papel, que passa a ser preenchido com o tempo. E perdemos um pouco a prática de dizer daquele modo bonito, e nesse mesmo instante, toca as pessoas que tiram seus minutos para dedicar-se a uma leitura consistente, que auxilie em sua evolução. 
Como tudo na vida, sem a prática perdemos o jeito. Aquele toque mágico do lugar em que se quer chegar. E então só se vive, não mais se escreve, não mais fotografa, só assiste ao passar dos dias, com uma cerveja para cada lembrança, e as mesmas pessoas velhas.
Aquele erro de querer o diferente persiste, mas o cansaço dos corpos só permite fazer o de sempre, o que é confortável e não tem erro. Mas eu gosto da vida aconchegante assim, em que o fim de domingo não me amedronta e nesse mundo, aprendi a conviver com minha família, que é doce a seu próprio modo. A vida tem-se feito boa, poderia arriscar a dizer que divina, afastando bem pra longe tudo que vem disfarçado de ruim no meu caminho. E não nos esquecemos de espantar os fantasmas sem amor, que logo perderão o seu sustento e nos deixarão em paz.

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